quinta-feira, 18 de abril de 2024

ANTÔNIO DE LIMA REVORÊDO

 


ANTÔNIO DE LIMA REVORÊDO, ou como é conhecido o “SARGENTO REVORÊDO", nasceu em 22 de outubro de 1942, na Fazenda Umari, no município de Ielmo Marinho/RN, cidade onde viveu sua infância e adolescência, onde estudou o antigo curso primário. Ainda jovem trabalhou na mercearia do seu tio "Tota". Quando atingiu dezoito anos, foi servir no Exército Brasileiro, em Natal.

Casou-se com Terezinha de Lima Revorêdo, em 29 de maio de 1964. No ano seguinte, ingressou na Polícia Militar do Rio Grande do Norte

Recém-casados, chegaram a São José de Mipibu em 1965, mediante determinação do Comando da Polícia Militar, para comandar o destacamento da corporação no município, na graduação de Cabo. Permaneceu no exercício dessa função por nove anos. Na cidade fez o exame de Admissão e concluiu o curso ginasial, no Instituto Pio XII.

Paralelamente ao cargo de comandante do Destacamento da PM local, era responsável pelo Posto de Identificação Civil (atualmente Itep), no qual confeccionava documentos de identificação (RG) e Carteiras de Trabalho.

Em abril de 1966, o casal teve o primeiro filho: Levi de Lima Revorêdo. Em seguida, vieram os demais: Lindomar, que nasceu em 1968. A única filha, Lean, nasceu em 1969 e Lindemberg, nascido em 1972. 

 


A história da família fora fortemente abalada em 1973, quando Sargento Revorêdo fora diagnosticado com câncer de pulmão, tuberculose nas glândulas e tuberculose pulmonar, enfermidades essas que quase o levaram a morte. Após quatro meses e oito dias de internação no Hospital da Polícia Militar, havia sido desenganado pelos médicos, sendo orientado a volta para casa, onde terminaria seus últimos dias de vida.

Segundo o filho, Levi Revorêdo, a "cura sobreveio, após uma madrugada em que Deus o visitou, revelando-o que o havia curado. Ao amanhecer, meu pai já tinha forças para falar, levantar e andar. Após refazer todos os exames no navio Hope (navio americano que estava ancorado em Natal), fora constatado que ele, evangélico e homem de muita fé, estava curado, contrariando a Medicina", fala emocionado.

Após isso, Revorêdo retornou à normalidade de sua vida. Além das atividades que já desempenhava, passou a ser taxista. Nessa época (1975), nasceu o seu quinto e último filho: Liedson de Lima Revorêdo.

Nesse mesmo ano, realizou o curso de sargentos da PM, sendo aprovado. Como sargento, trabalhou no Palácio do Governo por mais de 20 anos. Também exerceu o cargo de Delegado de Polícia nos municípios de Senador Georgino Avelino, Goianinha, Nova Cruz e concluiu a sua carreira militar como Sub-Tenente, na cidade de Macaíba.

 

Quando ele comandava o Destacamento de São José de Mipibu, nos momentos de folga do trabalho frequentava a igreja Assembleia de Deus e participava de cultos ao ar livre. Em um desses cultos, em dado momento, apareceu um cidadão montado em um cavalo e ficou assistindo o culto bem próximo. Ao término do culto o homem se aproximou e disse que tinha ido ali para matá-lo, mas algo sobrenatural o impediu de fazê-lo, e ele disse: “Cabo Revorêdo vim aqui lhe entregar minha arma e pode me prender”.

Levi Revorêdo, relembra outro fato interessante ocorrido entre ele e o pai: "Quando eu tinha 10 anos tinha um desejo grande de possuir uma bicicleta e as condições naquela época eram difíceis. Ele prometeu que realizaria meu desejo e eu fiquei aguardando o tempo certo. Ele chamou a minha mãe e disse pra ela: “pegue esse dinheiro, vá com Levi na loja, em Natal, e compre um violão pra ele”. Fiquei surpreso e disse eu queria uma bicicleta, ele falou: “Deus me fez sentir que eu lhe desse um violão”. Eu não questionei, pois sempre fui um filho obediente. Saí com minha mãe e fui até a loja e ao chegar lá olhei para um violão e disse: “pode ser esse?” Perguntamos o preço e era realmente o valor que mamãe tinha recebido dele. Voltamos pra casa e eu comecei mexer no violão, pois não sabia tocar. Mas, logo comecei uma aula de violão com uma irmã da igreja, aprendi os primeiros acordes e esse instrumento foi uma bênção para minha vida, pois até hoje continuo adorando a Deus com meu violão e fui sempre abençoado por Deus em toda minha vida. Logo no ano seguinte meu pai me presenteou com a esperada bicicleta e alegria foi duplicada".

 

Levi comenta outro episódio, quando adolescente e estudava na Escola Estadual Francisco Barbosa, em São José de Mipibu. "Impulsionado por alguns colegas de classe, quando estávamos no intervalo, íamos a uma mercearia próxima a escola e um dia comprei o meu lanche fiado. Passado o tempo me esqueci de pagar. A dona da mercearia colocou a lista dos devedores colada na geladeira. Meu pai passou lá e viu meu nome na lista. Perguntou: “esse Levi é meu filho?” Ela falou “sim”. Ele perguntou por que ela havia vendido fiado, se eu não trabalhava. Ela disse que vendeu porque o conhecia. Ele disse: “muito bem, quanto é a conta?” Ele pagou. Ao chegar em casa, meu pai me chamou e perguntou sobre o fato e eu expliquei pra ele, mas argumentou que não tinha justificativa. Deu-me uma surra e disse que era para nunca mais eu comprar fiado a ninguém. Com essa lição aprendi a me organizar minhas contas e ser responsável pelos meus atos. Grande lição.

Na Igreja Assembleia de Deus em São José de Mipibu, serviu como diácono e como presbítero. Em dezembro de 2010, Sargento Revorêdo foi agraciado com o título de Cidadão Mipibuense, concedido pela Câmara Municipal

FONTE – BLOG O ALERTA, DE JOSÉ ALVES

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